quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Jeeves again


Depois do bom momento lendo "Obrigado, Jeeves" encomendei à CESMA os dois outros livros do Wodehouse traduzidos para o português. Os livros chegaram, passei lá para comprá-los e começei a ler "Então Tá, Jeeves" ontem mesmo, ainda na subida da Astrogildo de Azevedo e terminei-o ainda a pouco, durante as abluções matinais. O ritmo é o mesmo, mas a série de confusões, trocadilhos e situações são bem diferentes. Wodehouse tinha mesmo muita imaginação e nada parece demasiadamente artificial no livro. Os seres humanos são sempre mais surpreendentes que qualquer personagem de ficção, daí a verossimelhança. Desta vez o tresloucado Bertie Wooster parece ser senhor da situação e tenta resolver sozinho todos os problemas (provocados em sua maioria por ele mesmo). De fato ele proíbe Jeeves de ajudá-lo, mas apenas quando este último se apresenta, lá pelo último quarto do livro, é que tudo se resolve, como por mágica, já que tudo feito por Jeeves parece mesmo fácil e natural. Podemos viver uma vida plena sem livros como este, mas são tão divertidos e bem escritos (além de nem de longe subestimarem a inteligência do leitor) que é fácil encaixá-los em um programa de leituras de férias. Antes de voltar a algum texto mais denso e difícil passarei ao próximo Wodehouse e vou mesmo tentar conseguir um exemplar em inglês para experimentar se o ritmo dos jogos mentais, piadas, sarcasmos e ironias podem ser entendidos por mim no original. Divertido.
"Então Tá, Jeeves", P.G. Wodehouse, tradução de Beth Vieira, editora Globo, 1a. edição (2004) ISBN: 85-250-3865-2

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